CÃES POLICIAIS DA PM DE SÃO PAULO PARTICIPAM DE MAIS DE 200 OPERAÇÕES EM SEIS MESES

Parceiros leais, sensíveis e extremamente eficazes, os cães do Canil da Polícia Militar de São Paulo atuaram em mais de 200 operações entre janeiro e maio deste ano, desempenhando um papel essencial na localização de drogas, explosivos e até pessoas desaparecidas. A atuação desses animais é tão relevante que neste domingo (15) é comemorado o Dia do Cão Policial.
Somente no primeiro semestre, os cães participaram de 145 ações contra o tráfico de drogas, muitas vezes encontrando entorpecentes escondidos em locais de difícil acesso, como cofres embutidos em paredes falsas ou fundos ocultos de veículos. Em paralelo, outras 69 operações foram destinadas à detecção de explosivos.
Além do trabalho de faro, os cães também estão presentes em missões de intervenção tática, segurança de grandes eventos e ações de busca e salvamento. O 5º Batalhão de Choque (BPChq), unidade especializada da PM localizada na zona norte da capital paulista, concentra os treinamentos e a base dos cães policiais do estado.
Atualmente, o Canil conta com 37 cães — 26 machos e 11 fêmeas —, todos com tutores exclusivos e especializações específicas, que variam desde detecção de drogas e explosivos até busca de pessoas e apoio em ações táticas. Um dos destaques é Coyote, que ganhou notoriedade por ser o primeiro cão da PM a participar de um salto de paraquedas em treinamento.
De acordo com o capitão Herick Lemos, do 5º BPChq, a escolha da especialização dos cães começa ainda na fase de filhote. “A definição da função de cada animal leva em conta comportamento, personalidade e aptidões naturais”, explicou.
A coronel Marisa de Oliveira, comandante da unidade, destacou a importância do vínculo entre o policial e o animal. “Os cães são verdadeiros parceiros na missão de proteger a sociedade. A relação entre cão e condutor vai além da técnica: é construída com base na confiança, no respeito e na convivência contínua”, afirmou.
Essa convivência é tão forte que quase todos os tutores acabam adotando os cães ao final da carreira, que costuma ocorrer entre os oito e dez anos de idade. Fora do trabalho, os animais têm acesso a áreas de lazer e convivência, e muitos tutores aproveitam até os dias de folga para passar mais tempo com seus companheiros.
As raças mais comuns no Canil são pastor-belga malinois, pastor-alemão, labrador e pastor-holandês. Todos recebem treinamentos específicos e são preparados para mudar de comportamento ao detectar substâncias ou situações suspeitas, sinalizando aos policiais a presença de drogas, bombas ou pessoas.
O Canil também conta com uma estrutura de atendimento veterinário completa, que realiza exames, avaliações e cirurgias em cães policiais de todo o estado.
Entre janeiro e maio de 2025, os cães da Polícia Militar auxiliaram na prisão de 11 suspeitos e contribuíram diretamente para a apreensão de mais de uma tonelada de drogas — resultado do faro aguçado e do intenso trabalho de preparação e dedicação dos policiais e seus parceiros de quatro patas.
Imagem: SSP