POLÍCIA CIVIL DEVOLVE CELULARES A VÍTIMAS EM NOVA ETAPA DE PROJETO CONTRA ROUBOS EM SP

A Polícia Civil de São Paulo realizou nesta segunda-feira (7) a devolução de celulares a vítimas de roubo e furto na capital paulista. A ação integra uma nova fase do projeto piloto desenvolvido pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), que visa facilitar a recuperação de aparelhos com restrição criminal. Cerca de 50 pessoas foram convidadas para receber de volta os dispositivos recuperados pelas autoridades.
De acordo com o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, a iniciativa faz parte de um conjunto de medidas voltadas à redução dos crimes de roubo e furto de celulares. “Essa ação visa tornar a vida do criminoso mais difícil e, ao mesmo tempo, devolver o que é das vítimas”, destacou.
O programa utiliza o número de Identificação Internacional de Equipamento Móvel (Imei), código único de cada aparelho para cruzar dados de boletins de ocorrência com informações fornecidas pelas operadoras de telefonia. Quando um celular roubado ou furtado volta a ser ativado, o sistema emite um alerta e a pessoa que está com o aparelho é intimada a comparecer à delegacia.
Segundo a SSP, quem adquire o aparelho sem saber da procedência ilícita tem a chance de colaborar com as investigações, devolvendo o item de forma voluntária. Caso contrário, poderá responder pelo crime de receptação, a depender da análise de cada caso. “O mais importante é que a vítima registre o boletim de ocorrência e forneça o número do Imei”, reforçou Derrite.
O projeto já foi implantado nos 78º, 13º e 14º Distritos Policiais da capital e nos 1º DPs de Guarulhos e São Bernardo do Campo. Até o momento, 824 notificações foram enviadas, 273 pessoas compareceram às delegacias e 142 celulares foram recuperados.
De acordo com o delegado Alexandre Dias, titular do 78º DP, onde o piloto teve início, a adesão da população tem sido positiva. “Todos os usuários que compareceram foram colaborativos e demonstraram interesse em ajudar nas investigações”, disse. Ele explicou ainda que essas pessoas não são tratadas como suspeitas. “Elas são orientadas a procurar o Procon para tentar recuperar o prejuízo e, muitas vezes, nos ajudam com informações sobre os verdadeiros responsáveis pelo crime”, completou.
A expectativa da SSP é expandir o programa para todo o estado até o final de 2025, no âmbito do SP Mobile, fortalecendo a repressão ao mercado ilegal de celulares e promovendo justiça às vítimas desses crimes.
Imagem: SSP