BUTANTAN INAUGURA USINA DE COGERAÇÃO DE ENERGIA PARA REFORÇAR PRODUÇÃO DE VACINAS E SOROS

BUTANTAN INAUGURA USINA DE COGERAÇÃO DE ENERGIA PARA REFORÇAR PRODUÇÃO DE VACINAS E SOROS
O Instituto Butantan inaugurou na semana passada sua nova Usina de Geração e Cogeração de Energia, movida a gás natural. A estrutura tem capacidade instalada de 12 MW e poderá suprir grande parte da necessidade energética do complexo, onde são produzidas todas as vacinas e soros do instituto, além de alimentar os sistemas de ar condicionado das áreas administrativas do parque fabril. É uma das maiores usinas do tipo em operação no estado de São Paulo.

Atualmente, a demanda contratada do Butantan é de 10,5 MW mensais, mas a expectativa é de aumento com a entrada em funcionamento de novas fábricas. Segundo o diretor de Infraestrutura, Rafael Lubianca, a iniciativa traz segurança energética e maior autonomia em situações de oscilação, desligamentos e até mesmo em períodos de escassez. “Este projeto vem para acompanhar o crescimento e as necessidades de utilidades que o Butantan tem para os próximos anos. Nos traz segurança, flexibilidade e estabilidade para manter nossas operações críticas”, afirmou.

O projeto começou a ser discutido em 2015, ganhou força em 2019 e, após quase uma década de planejamento, entrou em operação. De acordo com o coordenador de Manutenção, Eduardo Candido Alves, a economia será significativa: “Nós vamos reduzir nossa conta de energia elétrica de forma substancial, e o dinheiro investido aqui deve retornar em menos de cinco anos.”

A operação da usina será realizada por uma equipe de 17 profissionais, distribuídos em quatro turnos. Eles serão responsáveis pela supervisão e manutenção de todo o sistema elétrico do complexo, que recebe energia em 88.000 volts e a rebaixa gradualmente até o consumo final.

O funcionamento é baseado em seis geradores movidos a gás natural. A fumaça resultante da operação é aproveitada no aquecimento de água desmineralizada, que se transforma em vapor para alimentar caldeiras já em uso no complexo. O processo inclui catalisadores que tornam os gases inofensivos ao meio ambiente. Além disso, a água quente dos radiadores é direcionada a chillers de absorção, onde uma reação química com brometo de lítio gera água resfriada a 6,5°C, utilizada no sistema de ar condicionado das áreas administrativas. Ao todo, serão reaproveitadas 1.370 toneladas de água quente.

Como medida de segurança, a estrutura também conta com um gerador a diesel de grande porte, usado em casos de desligamento total da rede elétrica. O equipamento garante que o complexo possa retomar suas operações sem interrupções.

Agência SP

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