INOVAÇÃO NA MATA ATLÂNTICA: BIRITIBA MIRIM SERÁ SEDE DE PROJETO PIONEIRO COM ROBÔ PARA COLHEITA DE AÇAÍ JUÇARA

INOVAÇÃO NA MATA ATLÂNTICA: BIRITIBA MIRIM SERÁ SEDE DE PROJETO PIONEIRO COM ROBÔ PARA COLHEITA DE AÇAÍ JUÇARA

Biritiba Mirim marcou presença na COP 30 em Belém (PA) com o lançamento de um projeto pioneiro que promete transformar a colheita do Açaí Juçara na Mata Atlântica. A iniciativa une a AMAMA, Associação dos Moradores e Amigos da Mata Atlântica, e a startup paraense Kaatech, criadora do Açaí Bot — o primeiro robô de colheita de açaí do mundo.

O Memorando de Entendimento (MOU) entre as instituições foi assinado durante o evento, simbolizando uma nova conexão entre a Amazônia e a Mata Atlântica. O projeto-piloto será implantado no Alto Tietê, com sede operacional em Biritiba Mirim, devido à sua localização estratégica para a produção de água na Grande São Paulo.

O Açaí Bot, com apenas 8 kg, realiza a colheita em menos de um minuto por árvore e foi projetado para não danificar as palmeiras. Essa inovação é crucial, pois permite colher os frutos da Juçara sem a necessidade de cortar a planta. O robô substitui a extração predatória do palmito por um modelo de produção sustentável e rentável.

Segundo a AMAMA, o uso do robô pode aumentar em até 500% a renda por hectare e reduzir até 95% a pressão sobre a palmeira Juçara, contribuindo significativamente para a recuperação florestal e a segurança hídrica regional.

A parceria não se limita à tecnologia. Ela prevê uma série de ações para o desenvolvimento local, incluindo:

– Capacitação de produtores locais.

– Criação de centrais de processamento de polpa.

– Certificação de origem sustentável.

Fortalecimento de cadeias produtivas locais, com apoio de instituições como Governo de São Paulo, SEBRAE, SENAR, The Nature Conservancy e Instituto Suinã.

O projeto representa um passo importante rumo à bioeconomia e à inovação verde. Renato Rollemberg, presidente da AMAMA, destacou: “A mecanização da colheita do açaí Juçara é um avanço enorme para quem vive da floresta e pela floresta. É renda, é conservação e é futuro para a Mata Atlântica”.

Imagem: Divulgação/PMBM.

tv7cidades

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *