As eleições municipais de 2024 em Guarulhos trouxeram à tona um desafio persistente na política brasileira: a baixa representatividade feminina. Apenas quatro mulheres foram eleitas para ocupar uma das 34 cadeiras da Câmara Municipal, representando 11,7% do total, um retrocesso em relação à legislatura anterior, que contava com sete vereadoras. Isso ocorre apesar de 34% das candidaturas serem de mulheres, conforme exige a cota de gênero da legislação eleitoral.

Entre as eleitas, Janete Pietá (Rede), Karina Soltur (PSD) e Carlinda Tinôco (Republicanos) foram reeleitas, enquanto Fernanda Curti (PT), a nona vereadora mais votada, também fez história como a primeira mulher LGBTQIA+ eleita em Guarulhos. Mesmo com a participação feminina nas candidaturas, a presença de mulheres eleitas segue limitada, especialmente quando comparada ao fato de que as mulheres são maioria da população da cidade, com 670.962 habitantes, segundo o IBGE.

Além disso, a ausência de candidatas à prefeitura nas eleições de 2024 ressalta os obstáculos enfrentados pelas mulheres na busca por cargos de maior destaque e poder. A situação em Guarulhos reflete um problema nacional, onde a equidade de gênero na política ainda é uma meta distante.

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