HOSPITAL DAS CLÍNICAS REGISTRA NASCIMENTO DE TRIGÊMEOS DE ÚTERO TRANSPLANTADO
O Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) registrou em agosto um feito inédito: o nascimento de bebês trigêmeos provenientes de um útero transplantado. Este caso representa um marco global, sendo também o primeiro com uma doadora viva na América Latina.
A paciente havia nascido com a síndrome de Rokitansky, uma condição rara em que a mulher nasce sem o útero. Inicialmente inscrita no programa de doadora falecida, a paciente teve a oportunidade de receber o útero de sua própria irmã, um desenvolvimento novo no projeto do HC.
O professor Dani Ejzenberg, supervisor do Centro de Reprodução Humana do HC e membro da equipe de transplante, explicou o processo: “Esse caso é o primeiro transplante de útero com doadora viva na América Latina. A irmã já tinha dois filhos de parto normal e tinha interesse de doar o útero”.
Para evitar a gestação múltipla, apenas um embrião foi transferido. No entanto, o embrião se dividiu duas vezes, um evento extremamente raro, com cerca de 0,04% de chance de ocorrer, resultando na gravidez de trigêmeos idênticos.
Viabilidade da Gestação Múltipla e Emancipação do Brasil
Devido à gestação múltipla em um útero implantado, a gravidez foi rigorosamente monitorada por um grupo multidisciplinar de especialistas. O professor Wellington Andraus, coordenador médico da Divisão de Transplantes de Fígado e Órgãos do Aparelho Digestivo do HC, destacou os aprendizados:
O útero transplantado se mostrou viável para suportar uma gravidez gemelar.
O caso demonstrou a possibilidade de usar embriões que ficam congelados por muitos anos, já que os embriões haviam sido congelados desde 2014.
Os três bebês nasceram prematuros, após sete meses de gestação, mas já receberam alta e, segundo os médicos, desenvolvem-se bem. Os especialistas reforçam a importância de o Brasil ser pioneiro nesse tipo de transplante, o que abre uma porta de esperança para mulheres que não conseguem engravidar e consolida o país como uma referência mundial na área.
Foto: Freepik
A paciente havia nascido com a síndrome de Rokitansky, uma condição rara em que a mulher nasce sem o útero. Inicialmente inscrita no programa de doadora falecida, a paciente teve a oportunidade de receber o útero de sua própria irmã, um desenvolvimento novo no projeto do HC.
O professor Dani Ejzenberg, supervisor do Centro de Reprodução Humana do HC e membro da equipe de transplante, explicou o processo: “Esse caso é o primeiro transplante de útero com doadora viva na América Latina. A irmã já tinha dois filhos de parto normal e tinha interesse de doar o útero”.
Para evitar a gestação múltipla, apenas um embrião foi transferido. No entanto, o embrião se dividiu duas vezes, um evento extremamente raro, com cerca de 0,04% de chance de ocorrer, resultando na gravidez de trigêmeos idênticos.
Viabilidade da Gestação Múltipla e Emancipação do Brasil
Devido à gestação múltipla em um útero implantado, a gravidez foi rigorosamente monitorada por um grupo multidisciplinar de especialistas. O professor Wellington Andraus, coordenador médico da Divisão de Transplantes de Fígado e Órgãos do Aparelho Digestivo do HC, destacou os aprendizados:
O útero transplantado se mostrou viável para suportar uma gravidez gemelar.
O caso demonstrou a possibilidade de usar embriões que ficam congelados por muitos anos, já que os embriões haviam sido congelados desde 2014.
Os três bebês nasceram prematuros, após sete meses de gestação, mas já receberam alta e, segundo os médicos, desenvolvem-se bem. Os especialistas reforçam a importância de o Brasil ser pioneiro nesse tipo de transplante, o que abre uma porta de esperança para mulheres que não conseguem engravidar e consolida o país como uma referência mundial na área.
Foto: Freepik

