POLÍCIA CIVIL APREENDE FROTA DE LUXO EM OPERAÇÃO CONTRA LAVAGEM DE DINHEIRO DE FACÇÃO EM SP

POLÍCIA CIVIL APREENDE FROTA DE LUXO EM OPERAÇÃO CONTRA LAVAGEM DE DINHEIRO DE FACÇÃO EM SP

A Polícia Civil de São Paulo deflagrou nesta quinta-feira (4) a Operação Falso Mercúrio para desarticular uma rede criminosa especializada em lavar dinheiro para uma facção. Liderada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), a ação resultou no cumprimento de 54 mandados judiciais na capital e Grande São Paulo, incluindo seis de prisão.

A operação teve como foco a descapitalização do crime organizado, com a Justiça determinando um vasto bloqueio patrimonial:

257 veículos tiveram restrições judiciais aplicadas, avaliados em R$ 42 milhões.

Sequestro de 49 imóveis e três embarcações.

Contas de pelo menos 20 pessoas físicas e 37 pessoas jurídicas foram bloqueadas.

O delegado-geral Artur Dian e o diretor do Deic, Ronaldo Sayeg, destacaram que esta é a maior investigação patrimonial e financeira já realizada pelo departamento, simbolizando a diretriz de asfixia financeira e operacional do crime organizado.

Entre os bens sequestrados, a polícia apreendeu uma frota de veículos de alto valor, evidenciando a vida de luxo dos envolvidos.

Audi RS6: Avaliado em R$ 950 mil.

Porsche: Modelos Macan (R$ 400 mil), Cayenne (cerca de R$ 1 milhão), Taycan (R$ 800 mil) e um Carrera Stuttgart (estimado em R$ 1,5 milhão).

Outros carros apreendidos incluem um Jeep Compass blindado (R$ 160 mil), Honda Civic (R$ 120 mil), Toyota Corolla (R$ 40 mil) e um GM Celta (R$ 20 mil).

O secretário da Segurança Pública, Osvaldo Nico Gonçalves, afirmou: “É uma das maiores operações já deflagradas pela Polícia Civil contra a lavagem de capitais. Os envolvidos no crime viviam uma vida de luxo e conseguiam milhões com a atividade ilícita.”

As investigações da 3ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) revelaram que os criminosos montaram uma estrutura sofisticada para lavar dinheiro obtido de tráfico de drogas, estelionato e jogos de azar. As 49 empresas investigadas — de diversos ramos, como lojas de carro, padarias e fintechs — eram utilizadas para “lavar esse dinheiro e devolver para os criminosos”, segundo Artur Dian.

A rede era composta por três núcleos principais: coletores, intermediários e beneficiários finais. A operação mobilizou 100 policiais civis e recebeu o nome de Falso Mercúrio em alusão ao Deus do comércio e dos trapaceiros.

Foto: Divulgação/Governo de SP

tv7cidades

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